quinta-feira, 16 de junho de 2011


A HOMOSSEXUALIDADE

Terça-feira, 15 de Fevereiro DE 2011

Este texto é a transcrição do que foi dito, por Vitorino de Sousa, no encerramento do seminário «Parcerias, novas crianças e Energia Matriz», realizado em Lisboa, no dia 18 de Julho de 2010.
A transcrição do que foi transmitido oralmente recebeu algumas alterações, com o intuito de facilitar a leitura, assim como o seu entendimento e assimilação.

Para que fique claro, eu falo-vos de uma dimensão onde não existe separação de géneros. Portanto, não nos confrontamos com os mesmos problemas com que vocês têm de lidar. Tal não quer dizer, porém, que não estejamos em condições de opinar, de advertir e de aconselhar sobre essas questões pertinentes não só no vosso país, mas em todo o mundo.

No campo das parcerias há um assunto bastante controverso, que gostaria de abordar hoje. Trata-se do tema da homossexualidade. A polémica relacionada com a aceitação/rejeição da homossexualidade por parte da comunidade e, por vezes, até dos próprios homossexuais (masculinos e femininos), decorre do estado de subdesenvolvimento em que a humanidade ainda se encontra. Só uma civilização extremamente preconceituosa tem de lidar com este tipo de questão, que tanto sofrimento causa, que tanta exclusão promove, que tanta morte desencadeia. Como já deveria ser sobejamente sabido, importa pouco a forma como qualquer ser humano manifesta a sua necessidade de partilhar a vida com outro ser humano. O que interessa, sim, é a forma como as matrizes do Masculino e do Feminino estão mais ou menos equilibradas dentro dele mesmo. Esse é o ponto fulcral da questão, aquele em que todos deverão investir. Ao investirem no equilíbrio das matrizes do Masculino e do Feminino internamente, estarão a contribuir para deixarem de ser tão preconceituosos em relação à homossexualidade e outros temas controversos.

O que interessa não é tanto se uma pessoa forma uma parceria com outra do mesmo género ou de género diferente, mas sim o estado interior em que ambos se encontram. E o preconceito decorre, exactamente, de homossexuais, heterossexuais e outros, não disporem de equilíbrio ao nível do seu Masculino e do seu Feminino. Se essas matrizes estivessem devidamente equilibradas, não seriam preconceituosos e, portanto, a questão da homossexualidade – assim como tantas outras que vos desvairam -, não existiria.
Se observarmos o tema de forma objectiva, o que é que interessa ao fulano A ou ao fulano B, que o fulano C tenha uma relação com um indivíduo do mesmo género? Acaso vem algum mal ao mundo? Acaso prejudica alguém? Acaso morre se incrementa a fome e pobreza por causa disso? Não. Pelo contrário, muita fome e muita pobreza têm sido incrementadas, por não se aceitar que alguém partilhe a sua vida com alguém do mesmo género! Acaso os homossexuais, masculinos e femininos, fazem má vizinhança? Não. Com a sua escolhe livre e legítima, apenas se limitam a «ofender» uma certa formatação moral, ultrapassada e obsoleta, que continua a ser propagandeada por instituições religiosas e pelos que a elas estão ligados. É aí, sim, que vamos encontrar a verdadeira origem da intolerância, exercida sobre quem, segundo esses, tem o descaramento de viver a sua sexualidade fora da lei que eles preconizaram como sendo a correcta. Ou seja, a exclusão não decorre de nenhum dado objectivo, mas sim de conceitos duvidosos, estabelecidos por quem se faz passar por detentor da verdade. Mas que raio de verdade é esta, tão estranha, preconizada, defendida e praticada por aqueles que sempre se anunciaram como os representantes de Deus e na Terra? Não deveriam ser eles, bem ao invés, os promotores da aceitação, da compreensão e do Amor incondicional?

O que espanta, desde a dimensão em que me encontro, é verificar, não o absurdo deste tipo de posturas, mas sim a sua aceitação por parte de inúmeros indivíduos que se mostram cegos e sem o mínimo de discernimento para avaliar conceitos morais baseados naquilo que, supostamente, Deus quer. Mas, ao segregarem tão despudoradamente, que sabem eles de Deus? Quem os designou representantes de Deus na Terra? Acaso não se autoproclamaram, desvirtuando a Verdade? Portanto, a questão dos homossexuais, ou de qualquer outro grupo segregado, é uma falsa questão, derivada da ignorância em que a humanidade vive atolada.
Dificilmente estas manifestações de tacanhez serão ultrapassados rapidamente, é certo. Mas cabe a cada um arejar a sua própria mentalidade, no sentido de sair desse redil onde se reúne a manada dos que alinham com aquilo que lhes impingem, sem qualquer espírito crítico. Não há maior sinal de subdesenvolvimento do que excluir um irmão ou uma irmã, com base na sua opção sexual, na sua cor de pele, na raça em que nasceu, etc. Como querem vocês ser integrados em comunidades mais vastas, para além da Terra, se nem com os que estão ao vosso lado conseguem entender-se?

Eu pertenço a uma civilização que há muito ultrapassou essas questões, com que vocês se debatem agora. Há muito estamos ao serviço da humanidade, sem violar as leis que regem a civilização do Projecto Terra. Ou seja, respeitamos incondicionalmente o livre arbítrio humano. Assim se o livre arbítrio da esmagadora maioria aponta para a permanência no subdesenvolvimento, nós temos de respeitar essa decisão. Mas não nos inibimos de chamar a atenção para a profunda estupidez e renitência que a humanidade, genericamente entendida, tem vindo a demonstrar ao longo da sua história, recusando-se a sair do lodaçal onde se encontra. Nós somos Servidores do Plano, mas não estamos cegos para o subdesenvolvimento da humanidade. Cabe-nos a nós, entre outros, chamar-vos a atenção, veementemente, para essa teimosia absurda. Pena é que as nossas advertências não sejam atendidas em maior escala. Não é que estejamos cansados de andar, há milhões de anos, a ajudar a humanidade. Não se trata disso. Trata-se, apenas, de «frustração cósmica» por vermos como é enorme a vossa resistência em sair dos subterrâneos onde se meteram.
Nós permaneceremos aqui enquanto houver a aquiescência dos Planos Superiores. Mas não deixa de ser lamentável - e talvez sejamos dos poucos a manifestar esse lamento -, a forma displicente com que vocês, humanos, ignoram as nossas sugestões, a nossa ajuda, as nossas advertências, as nossas dádivas. Mas é a vossa escolha. Essa é a forma como utilizam o livre arbítrio e, por isso, os respeitamos. Continuaremos, paulatinamente, a transmitir o que temos para transmitir e a cumprir a nossa missão da melhor maneira possível, esperando que vocês se comportem exactamente da mesma maneira. Vamos ver até quando teremos de esperar.

Ao ouvirem estas palavras e este tom, talvez não encontrem grandes diferenças em relação aos termos e ao tom, usados por este canal ao longo do dia. Pois é! Não tenho feito outra coisa, hoje, se não clamar perante vocês. Este canal não está a dar-me voz por ser um mero arauto do que canaliza, porque ele é uma projecção minha na dimensão física a Terra. Portanto, estamos perfeitamente alinhados. O que ele aqui disse, durante o seminário, de olhos bem abertos, pode parecer que é da sua autoria, mas não é. Fiquem sabendo que ele não se sente compulsivamente impelido, só porque está a canalizar, a dizer o que não sente ou aquilo com que não concorda. Nesse aspecto, as nossas vontades estão perfeitamente alinhadas. Digamos que eu e ele somos um! Muito obrigado e até uma próxima oportunidade. 

A propósito de homossexualidade, apresentamos uma comunicação de Yasmin sobre este tema, ocorrida no Funchal, na Ilha da Madeira, no dia 21 de Novembro de 2004.

Não posso deixar de estar presente quando se trata de abordar o tema do desenvolvimento da doçura, da ternura e do amor nos seres humanos. Essa foi a missão que escolhi para mim mesma, para, antes de mais nada, dulcificar este meu próprio canal e prepará-lo, não só através das palavras, mas também através da irradiação que dele parte, para levar a minha vibração aos meus amados irmãos humanos. O tema abordado aqui, hoje, aflige apenas os seres que, como vocês, vivem na polaridade. O planeta Terra é um dos que vivem nesse regime, embora haja outras civilizações nas mesmas circunstâncias. Essas, porém, por se terem desenvolvido bem acima do nível em que vocês estão neste momento, já transcenderam completamente esse plano. Os seus corações estão em paz, por já terem transcendido totalmente o tema da palestra proferida hoje, ou outros do mesmo género. Se a homossexualidade ainda é um problema entre os Humanos da Terra, no século XXI, é porque há um défice de aceitação e de amor incondicional no coração da maioria deles, o que leva, é claro, à segregação, ao racismo, ao xenofobismo, ao niilismo, etc. Não há muito a comentar sobre este tema; o que há a dizer pode ser agregado ao tema “ampliação de consciência espiritual”.

Existem problemas de segregação e preconceitos porque os seres humanos, na sua esmagadora maioria, ainda não têm acesso à sua memória cósmica, ao conhecimento de quem são, de qual é a sua origem, a sua história e o seu passado. Há problemas de segregação e preconceitos porque os Humanos pensam que tudo se resume ao que guardam na memória desta vida. Quando essa situação for alterada e a vibração que eu represento tiver uma presença mais forte na generalidade da população deste planeta, os seres humanos deixarão de se ver como personagens, cada qual com as suas características. Sim, deixarão de se guerrear e odiar. Nessa altura, começarão a ver-se como actores angélicos, que, devido a um conjunto muito complexo de circunstâncias, decidiram encarnar a personagem que representam, tal como fizeram com as outras ao longo dos tempos. A segregação, o preconceito, a exclusão e o desterro são questões provocadas pela falta de uma visão clara de como o jogo terrestre funciona. No entanto, se essa falta de visão afectou, ao longo da história do planeta, a esmagadora maioria da Humanidade, é verdade que, hoje, já não se passa o mesmo. As condições estão diferentes, e só quem não quiser deixará a miopia por corrigir! De qualquer forma, essa correcção não pode ser imposta. Nós divulgamos o novo “livro de instruções”, e os nossos representantes na Terra ajudam a divulgar essa instrução. O seu intuito é prepararem uma mesa de iguarias variadas, para que ninguém possa dizer que não tem alimento.
Todo o planeta está coberto por essa mesa. No entanto, há os que não a vêem, há os que a vêem e não reconhecem as novas iguarias, há os que a vêem, reconhecem as iguarias mas não lhes tocam, e há os que a vêem, reconhecem as iguarias e saciam-se com elas. E está certo assim. Porém, seja qual for a escolha, qualquer Humano é amado incondicionalmente, simplesmente porque sabemos que, se ele ainda não está em condições de fazer a escolha correcta, um dia virá a estar. Disso não há fuga possível. O caminho ascensional é obrigatório, embora não seja imposto. Nenhum Humano pode recusar esse caminho; o que pode é decidir quando quer fazê-lo. E, com isto, voltamos ao tema do livre arbítrio.

Por vezes, os Humanos esquecem-se de que nós vivemos noutro plano de tempo e que, portanto, para nós, não existe o conceito de “espera”. Porém, podemos dizer que os Humanos têm todo o tempo do mundo para fazerem essa escolha! Por isso, quem já fez essa escolha começa a sentir que entrou noutra dimensão do tempo. O tempo existe apenas para vos dar tempo para fazerem essa escolha! Mas, enquanto anjos, e no que toca a esta questão do tempo, vocês decidiram ser implantados, restringidos nas vossas capacidades cósmicas para o poderem entender de uma forma linear, que é como ele opera na dimensão para onde decidiram descer. Então, os Humanos que escolheram a homossexualidade como via de desenvolvimento, bem podiam reconhecer como as coisas funcionam, começando por não se auto-excluírem. O que poderá acontecer a um ser humano que sabe quem é, que reconhece a sua situação como transitória e a Vida como uma sucessão de estados de manifestação? O que pode apoquentar quem ampliou a sua consciência ao ponto de perceber que o jogo é muito mais vasto e complexo – mas também muito mais simples - do que a sua mente terrena consegue analisar? De facto, não poderá acontecer nada, porque ninguém pode fazer nada à Vida! Quando um ser humano monta a sua base na Vida, altera completamente a forma como considera a sua condição física, o seu próprio corpo e as condições em que vive no planeta. Tudo passa a ser entendido através de um ângulo distinto. Aquele que sabe quem é não tem medo! Então, se lhe parece mais ajuizado fazer o jogo da sociedade, não assumindo a homossexualidade (porque não tem condições para isso ou não é o momento apropriado), ele toma essa decisão em paz. Joga o jogo tranquilamente porque não tem medo e, portanto, está em paz consigo mesmo.

Outra coisa que decerto fará é procurar entrar em contacto connosco, com o seu Eu Superior ou com qualquer outra entidade, para ser informado, cada vez mais profundamente, das razões que o levaram a escolher a homossexualidade com um dos aspectos da sua expressão planetária. Toma essa decisão para aumentar o seu grau de serenidade. O que a sociedade pensa, diz ou deixa de dizer, passará a afectá-lo cada vez menos, até ao dia em que desaparecer definitivamente. É verdade que o ser humano não foi feito para estar sozinho, mas também é verdade que contém em si as duas polaridades. Quando essas polaridades estão juntas e passaram pelo matrimónio interno, o padrão de relacionamentos altera-se substancialmente porque a parceria já não é tida como uma necessidade. Há, é claro, duas vias para quem é segregado: 1) Mudar exteriormente para ser aceite pela sociedade; 2) Mudar interiormente sem se preocupar se a sociedade o aceita ou não. São dois ramos, bastante complexos, com muitas vias secundárias, ao dispor de todos. Cada um escolherá de acordo com a sua consciência. A imobilidade, porém, não é recomendável. A paralisação é insana e a espera desaconselhável. É necessário movimento, dinamismo, envolvimento, querer, determinação e humildade para ser capaz de pedir ajuda aos seus iguais e a nós. Cada vez que nos manifestamos não nos esquecemos de vos recordar o seguinte: Estamos ao vosso serviço, mas são os Humanos que têm de solicitar essa ajuda. Comuniquei estas palavras porque vos amo profundamente. Fiquem em paz e até uma próxima oportunidade.

Esta transmissão consta do livro Yasmin – A Deusa Mãe. Nesse livro, cada comunicação é seguida pela análise de algumas das frases transmitidas. Eis a frase desta transmissão que mereceu esclarecimentos:
Há, é claro, duas vias para quem é segregado: 1) Mudar exteriormente para ser aceite pela sociedade; 2) Mudar interiormente sem se preocupar se a sociedade o aceita ou não.
A primeira via indica claramente uma necessidade de se ser aceite pela sociedade. Ora, quando, por exemplo, Claudino tem necessidade de ser aceite, seja pela sociedade globalmente entendida, seja por algum membro dela, denuncia que alguns ajustes são requeridos na sua personalidade. Através desta maneira de estar, Claudino procura mudar as condições exteriores (os outros) para que ele, internamente, não tenha de fazer nada. Evidentemente, não dá ouvidos à voz da alma que lhe segreda o que tem de ser feito em cada situação. Imaginemos que Claudino não é homossexual mas anda por este mundo esforçando-se para ser aceite pelos outros. Afinal, a que se resume este comportamento? Simples: como Claudino não decide em função do que lhe segreda a sua alma, decide em função do que os outros lhe dizem abertamente ou dão a entender. Apetecendo-lhe tomar uma determinada decisão, logo a mente desata a emitir os pensamentos programados para esta situação: O que é que os outros vão dizer? O que é que a minha mãe vai pensar de mim? Como é que os meus colegas reagirão?

Pondo a outra hipótese - Claudino é homossexual - a coisa assume uma dimensão ainda mais assustadora, porque a homossexualidade ainda é entendida por muita gente como algo a eliminar da sociedade. Não admira, pois, que ele se resguarde ainda mais e, em vez de procurar abrir o seu próprio caminho, seja levado a ir por onde não faz sentido que vá. O primeiro desafio que Claudino tem de vencer talvez seja o que é posto pela própria família, supostamente um lugar de amor, compreensão, auxílio e aceitação, onde a intolerância não deveria manifestar-se de forma tão virulenta. Não deveria ser, mas, genericamente, é. Realmente, ser repelido ou até expulso pelos pais deve ser uma experiência muito difícil, principalmente porque Claudino é daquelas pessoas que ainda necessita de ser aceite pelos outros. E quanto mais estreito é o laço familiar mais premente se torna essa necessidade. Então, como sempre acaba por acontecer, já que precisa de ser aceite por quem o rodeia, acaba por experimentar a rejeição no seu mais elevado grau. Com isto tem uma oportunidade de fazer a inversão do processo e passar a reconhecer que, para se sentir bem, não precisa de ser aceite por ninguém senão por ele mesmo. Sabe-se de muitos casos deste calibre: a pessoa tem de bater no fundo, para começar a subir para a superfície! Não é preciso que seja assim, mas continua a ser um método muito utilizado.

No entanto, também é sabido que os Humanos se colocam desafios, alguns bem difíceis, para poderem efectuar as correcções a serem feitas na sua maneira de ser, as quais, afinal, estão na base do seu retorno à Terra. Por que tem de ser assim? Porque é necessário evoluir até ao ponto da verdadeira libertação, a que se dá o nome de autonomia. Ora, um dos atributos dessa verdadeira autonomia é, evidentemente, viver sem a necessidade da aceitação dos outros! Então, não seria de admirar que Claudino, para ver se consegue livrar-se dessa dependência, se tivesse colocado o desafio de regressar à Terra numas condições em que a sensação de marginalização é constante. Podia ter nascido sob a raça negra ou sob qualquer outro tema exclusivista, para onde os Humanos mais atrasadinhos costumam projectar as flechas da sua intolerância. Mas, vá lá saber-se porquê, Claudino optou pela homossexualidade. E está certo. Claudino, na sua versão superior, lá terá as suas razões… que o Claudino terreno, evidentemente, não consegue compreender nem aceitar! Por conseguinte, aqui na Terra, passa a vida a tentar agradar a gregos e a troianos, a esforçar-se por passar entre os pingos da chuva altamente ácida, chovida pela maioria dos seus irmãos terrenos, numa tentativa, muitas vezes desesperada, de evitar o seu poder de corrosão. Esquece-se, porém, que cada em cada cabeça mora a sua sentença, que cada doido tem a sua mania, que cada desvairado usa a arma que mais lhe apraz, que cada atrasado espiritual se deixa cegar por aquilo que não compreende, enfim, que cada um dá a resposta que o seu grau de consciência lhe permite. Logo, como não é possível agradar a todos, o melhor que o amigo Claudino tem a fazer é encontrar a força necessária para fazer o que tem de ser feito, e deixar de lado o que os outros pensam. Seja quem for.

Com este investimento na sua autonomia, Claudino apresenta-se como um poderoso elemento da evolução planetária. Como? Todos os instrutores que passaram pela Terra, para trabalharem na evolução da consciência, tiveram de pôr em causa os costumes, as ideias e os hábitos instituídos. Ou seja, tiveram de afrontar a estupidez induzida pela Matriz de Controlo. As vias seguidas foram inúmeras, mas todos denunciaram alguma situação contagiante. Cada qual à sua maneira, todos eles se rebelaram contra a situação dominante, os poderes instituídos, etc. Uns de uma forma mais aberta e descarada, outros de uma forma menos acintosa, todos anunciaram a mudança e puseram em causa o lixo acumulado na mente dos Humanos da sua época. Portanto, os homossexuais, ou qualquer outro grupo que tenha sido escolhido como alvo habitual do vírus da segregação, são fortíssimos elementos de transformação e da evolução. Veja-se o que conseguiram com a sua luta de emancipação. Os melhores exemplos históricos desses instrutores são as mulheres! Quem poderá negar que se trata de um grupo secularmente segregado? Como seria a sociedade de hoje se os humanos femininos não tivessem tido a coragem de denunciar a prepotência dos humanos masculinos? A evolução está assegurada enquanto os homossexuais - ou seja quem for - enveredar pelo caminho da denúncia do negrume que domina a consciência da maioria da população planetária.

A segunda via que Yasmin propõe a quem se sente segregado é: Mudar interiormente sem se preocupar se a sociedade o aceita ou não. Julgamos não haver dúvidas de que esta é a via mais sensata e apropriada, seja no caso da segregação, seja em qualquer outro. A opção de mudar as condições exteriores para que se possa permanecer inalterado nunca foi uma solução muito hábil. Afinal, os Humanos ofereceram-se para encarnar neste planeta com o intuito de elevarem a vibração dele, através das experiências de interacção com os seus parceiros. Por conseguinte, não pode ser contestado o facto de estarmos preparados geneticamente para lidar com a energia da transformação. Então, quando Deonilde se vê com esta vibração entre mãos, só tem duas hipóteses: ou a aplica nos outros ou a aplica a si mesma.
Quando prefere aplicá-la nos outros cai inevitavelmente na manipulação. Com este estratagema pouco inteligente pretende levar a água ao seu moinho, sendo-lhe totalmente indiferente que o moinho dos outros fique em seco! É o caminho mais fácil, a via da menor resistência, o método que expressa instintivamente e que continuará a expressar, enquanto não começar a pôr em causa o seu comportamento. E quem a forçará a fazer isso? Os outros! Especialmente aqueles a quem ela manipulou. Esses a convidarão a evoluir, mostrando-lhe claramente que, embora se tenham deixado manipular durante algum tempo (anos, por vezes), chegou a hora de acabar com a brincadeira. Esta dose de resultados azedos pode não ser fácil de engolir, quando o tiro começa a sair pela culatra. Então, Deonilde, apesar de o seu nome radicar na palavra “deus”, começa a aperceber-se cada vez mais chamuscada! Por isso, só iniciará as reflexões sobre a sua conduta quando já não conseguir lidar com a tendência para manipular pessoas e situações, a fim de satisfazer desejos, caprichos, vontades, sonhos e ilusões. Quando já não tiver espaço na cabeça para mais galos provocados pelos boomerangs das suas estratégias manipulativas, algo nela a levará a pensar que tem de começar a alterar o comportamento, começando a dirigir a energia da transformação sobre si própria. Não era preciso ficar com a cabeça cheia de galos ou com o estômago cheio de sapos podres, mas é o trilho que muita gente costuma palmilhar.

Quando, pelo contrário, Deonilde passa a aplicar a energia de transformação em si mesma, o caso muda logo de figura. Não quer dizer que, nesse momento, tenha dado início ao seu processo ascensional, mas decerto passou a viver noutro patamar, um pouco mais acima. A primeira consequência dessa decisão (mais ou menos forçada pelas seus ex-manipulados), é perceber que tem de deixar de culpabilizar os outros pelo que lhe acontece. O seu mundo interior começa, pois, a manifestar-se pouco a pouco, pelo que aumenta o respeito por quem a rodeia. Os outros, naturalmente, passam a vê-la com outros olhos e não lhe escondem a evidência de que está mudada. A sua vida, é claro, pacifica-se. Os conflitos são cada vez menos, pelo que a paz passa a ter uma presença mais assídua no seu quotidiano. Os seus olhos, que são os mesmos de sempre, continuam a olhar para coisas, mas, coisa curiosa, já não vêem o que costumavam ver. E aqueles músculos que estiveram paralisados durante tanto tempo, apesar de terem sido concebidos para porem um sorrido na face dos Humanos, começam a funcionar, gerando na sua expressão traços mais agradáveis e atraentes. Deonilde está, realmente, uma sombra do que era. Não se nota?

Mas (há sempre um “mas” que estraga tudo), não nos podemos esquecer que, devido aos anos de prática, a pobre senhora acabará por recair algumas vezes na velha forma de agir. Sem se aperceber, meramente por uma questão de hábito, voltará às tentativas de manipulação. Ai, ai! Essa vai ser a fase mais difícil, porque desapareceu a santa ignorância em que viveu durante tantos anos. O automatismo instintivo em que funcionava foi detectado e tem vindo a ser reprogramado. Agora, Deonilde apercebe-se do que anda a fazer. A verdade é que as coisas já não resultam como resultavam, porque a parte dela que manipula passou a ser vigiada por outra parte que detesta assistir à manipulação! Esta situação pode ser muito frustrante, quer para a parte que manipula, quer para a que fiscaliza a manipulação, mas ajuda a gerar a força para levar por diante, até ao final, o processo de remodelação interna. Haja paciência! Com tempo e perseverança, a situação acabará por se reverter totalmente.
Outra mudança interessante que se nota em Deonilde é perceber que, afinal, é ela quem faz a cama onde se deita. Por outras palavras, começa a reconhecer que o que chega até ela é apenas o eco dos sons que produz. Por conseguinte, começa a ter cada vez mais cuidado com a forma como compõe a música da sua existência. Pouco a pouco, vê-se a rejeitar os acordes dissonantes, quer os que ela própria ainda tem tendência para gerar, quer os emitidos pelos seres humanos, ainda pouco Humanos, que a rodeiam. Por outras palavras, Deonilde começa a prestar mais atenção à forma como semeia, uma vez que já não aguenta mais colheitas desoladoras. Enfim, começa a assumir a responsabilidade pela sua vida. Desta forma, incrementando gradualmente o respeito por quem está no seu círculo de convivência, sejam seres humanos, muito ou pouco Humanos, é claro que também aumenta o seu respeito e admiração pelo próprio planeta. A sua encarnação deixa de ser aquela coisa pesada e chata que sempre foi, que é preciso arrastar diariamente, para passar a ser algo que se leva com alegria e boa disposição. Acordar para mais um dia deixou de ser um problema. Progressivamente, apercebe-se de que não está aqui por acaso (muito menos para manipular os outros) e que alguma razão a trouxe de volta à Terra. Naturalmente, começa a procurar essa razão. Alguns ouvem-na a perguntar: Qual será a minha missão?

Bom. Deixemos Deonilde em paz, pois está muito bem encaminhada na busca do que está na raiz do seu nome. 
Os nossos agradecimentos a Beatriz Valentim pelos seus trabalhos de transcrição. 

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